Como a maioria das pessoas sou destra, ou seja, escrevo e tenho mais força e “habilidade” (digamos assim) com a mão direita. Como todas as pessoas também sempre preferi tomar vacina, tirar sangue, entre outras coisas, no braço esquerdo, afinal, sempre tive o direito como sendo o mais importante.
Bem, pelo menos era assim que pensava até essa semana…
Depois de um pequeno acidente durante o treino, descobri uma torção no pulso esquerdo e tive de imobilizar a mão esquerda e o pulso (claro!). Depois de dar graças a Deus por não ter quebrado nada, pensei: “Ainda bem que foi a esquerda! Ainda posso escrever, etc, etc”.
Ainda bem? Na prática, não foi bem assim. Não posso usar a mão esquerda pra quase nada pelo menos durante 7 dias, e percebi o quanto coisas simples tornaram-se difíceis de fazer.
Começando por levantar da cama: movimento automatizado de me apoiar com a esquerda. Escovar os dentes: uso a mão esquerda para enxaguar. Tomar café da manhã: uso a mão como apoio para cortar o pão e preparar o café. Prender o cabelo então virou uma missão impossível! Digitar no celular ou computador passou a demorar mais tempo. Tomar banho também. Escrever no papel assemelha-se com um pique-pega entre o lápis e a folha, começo a escrever e o papel logo escorrega.
E foi assim que percebi como a minha mão esquerda é importante, meu apoio, e que geralmente tem seu valor passado despercebido, quase ignorado. Percebi ainda como as funções se completam e passei a dar mais importância ao lado tão deixado de lado e vítima de todas as agulhadas que tomei na vida.
Ode à mão esquerda!
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