Descobri na última madrugada insone semelhança indiscutível entre o planeta Terra e eu: Girar sobre o próprio eixo! A Terra, em sua órbita e gravidade - Eu, na minha cama. Assim se faz a insônia: ela invade minha atmosfera, sem proteção de camada de bons-sonhos, com seus raios "ultraviolentos" queimando a minha mente em enxaqueca queixante de ansiedade. Deprimente! Giro e giro sem função alguma. Pois girar não me faz encontrar o sol de pensamentos claros e luminosos e de funções tão essenciais quanto óbvias, nem me faz achar um satélite natural que controle as minhas ondas de sentimentos ruidosos, tsunâmico-explosivos. Cá estou sem produção alguma, uma vez que meu corpo cansado e a mente em turbilhão de ideias desconexas anseiam somente por repouso: os olhos se apertam voluntariamente ou são protegidos por máscara de sono, o corpo mexe e remexe dançando em meio aos cobertores, o travesseiro parece sussurrar medos e anunciar pesadelos, os remédios já não fazem tanto efeito e quando fazem são apenas adversos... A escuridão não é capaz de elevar melatonina: Cá estou sem produção alguma, nem de hormônios, ai de mim! É impraticável ser produtivo quando o mal estar toma conta da gravidade de minha saúde. Não há sono, apenas o sonhar acordado com o dia de talvez conseguir dormir bem outra vez.
7 de Janeiro de 2019
