O azul salgado do mar | Barra da Tijuca - RJ | Foto: Déborah Vieira
Ela parece páginas de um livro sendo viradas freneticamente pelo vento. Folhas brancas ou amareladas, uma a uma se abrindo, passando e passando. Uma leitura que invejo. Seria perfeito poder ler mais rápido para poder visitar mais realidades.
Pensando bem é a crina branca de um cavalo, que brilha no sol do entardecer, ganhando tons de laranja e rosa. Cada mecha ondula de um lado para o outro, nem sempre em sincronia, mas de acordo com os galopes do animal. Um sensação de liberdade me atinge.
Não, não. É a espuma de um capuccino, com cheiro de saudade, gosto de inverno e que ganha contornos e formas de acordo com a criatividade. Ela cai na xícara, se espalha e se acomoda. Logo some e tenho que pedir outro para sentir tudo de novo.
Olhando mais de perto, ela é uma moldura para a natureza. A sua cor varia com os olhos e aposição de quem a olha. Vejo ao centro uma linda paisagem, com areia branca, o verde dos coqueiros brigando por um espaço com os edifícios cinza, o vai e vem de um momento que nem se importa em ser registrado. Alguém observa de um túnel fluido.
Está calor, mas quando ela toca o chão sólido, lembra um monte gigante coberto por neve. Cada linha é uma subida até o pico branco e gelado. Uma paisagem totalmente diferente e que instiga aventureiros.
E nessa sensação de parar no tempo volto para a realidade: é apenas uma onda. Às vezes pequena, às vezes avassaladora. Fria durante o dia e quente à noite. Trazendo com ela calma, uma visão infinita e infinitas viagens. Estava eu em vários lugares, sem sair do melhor lugar para se estar.
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