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Em solidão o solo é fértil


Floresça com "Em solidão o solo é fértil" | Foto: Deborah Vieira

Sensível, envolvente e incisivo.

Algumas palavras para definir um livro de poesia tão profundo e ao mesmo tempo delicado.

"Em solidão o solo é fértil" é o primeiro livro de poesia publicado de Bárbara Rosa.

Conheci Bárbara em um lançamento no qual pudemos apresentar nossos respectivos livros e fazer um bate-papo sobre o mercado brasileiro, nossas motivações e desafios na Literatura.

Lançamento e conversa literária no Espaço Nave, em São João del-Rei-MG | Foto: Gabriela Vieira

Logo que a vi perguntei: "Já te chamaram de Débora?" Troca muito comum entre os nomes Bárbara e Débora. Por quê? Não fazemos a menor ideia. E, a partir dessa pergunta, começamos a conversar sobre aquilo que nos motiva: a arte de escrever. (Além de "trocar figurinhas" sobre o processo de publicação e todas as coisas que escritores independentes aprendem uns com os outros, com própria trajetória de descoberta).

Bárbara é uma paulista-mineira, de luz, cores, sorriso e cachos. Formada em Rádio e TV e pós-graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual, eu diria que é uma artista completa: a poesia não é a única expressão artística em sua vida. Ela também canta e produz lindas telas, coloridas como ela.

"Em solidão o solo é fértil" traz reflexões sobre as mazelas da alma humana: solidão, relacionamentos, amor, dores, fatos do cotidiano, percepção da influência social sobre o ser, vida e morte, reflexões sobre o processo de escrita. Confesso que não tenho sensibilidade suficiente para fruir com poesias, mas essas foram diferentes. Era como se elas fossem também parte de mim, dos meus pensamentos e do desafio que é ser humano.

No capítulo III, "Procura-se significados", a artista convida o leitor a entrar na obra de forma interativa, deixar suas impressões e refletir a partir de provocações. Um desafio para os mais puritanos, que acreditam que o livro deve ser contemplado e jamais riscado, escrito e marcado. Respeito o pensamento, mas achei essa parte, além de instigante, de uma sensibilidade tamanha, afinal, o livro passa a ser do leitor quando é publicado e ganha o mundo. Nada mais justo, então, convidá-lo para - de fato - participar e fazer da obra parte de si.

Li o livro em uma única sentada (coisa de ansioso com leitura e com pouco tempo para isso), mas quando acabou, eu queria mais, mais... Senti-me "órfã" do livro. Acho que essa é a sensação que as obras que nos tocam de alguma forma geram... Enquanto escritora, percebo o quanto os momentos de solidão, sofrimento e sentimentos aflorados me inspiram e me motivam a por no papel aquilo que perturba a mente.

Como disse na dedicatória: "... quando sentir a solidão, mergulhe em si, e encontre sua semente". Obrigada por fazer com que, nas minhas dores e alegrias, eu me reencontrasse. Aguardo ansiosa os próximos, e que muitos ainda venham...

Foto: Deborah Vieira

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