Uma colher de leite em pó com açúcar na mão, transforma-se no melhor doce do mundo.
Uma árvore de tronco mais grosso e copa mais estreita, torna-se uma baleia emergindo do mar.
Outra árvore de galhos compridos e fáceis de se escalar, originam um helicóptero de combate.
O que seria uma estante, transforma-se um prédio de diversos andares que cabem apartamentos, escritórios.
Já debaixo da mesa é possível construir uma mansão luxuosa e moderna.
O alpendre antigo torna-se palco para as brincadeiras mais divertidas e variadas, desde uma corrida de cavalos até lugar de partidas de Uno, killer ou demais jogos.
A casa escura não é mal assombrada, na verdade é o melhor lugar para se brincar de esconde-esconde.
O colchão se transforma em uma mar agitado, onde conseguimos surfar as melhores ondas.
A casa toda serve de cenário para filmes e paródias de produções de sucesso nas férias, tempo em que o elenco é maior.
Pequenos papéis já usados dão asas à imaginação e ditam o novo desafio da mímica.
Uma vitamina de beterraba, boa para saúde mas estranha ao paladar, vira a atrativa vitamina rosa da Barbie.
E a feita com couve? Vitamina do Hulk claro! E quem não quer ficar forte como o herói?
Mangas caídas do pé, mamonas, limãozinhos, acerolas… bombinhas nas guerrinhas no fundo de quintal.
Bicicletas serviam para pega-pega radical, como cavalos reais, ou transformava o terrenos em pistas de esportes radicais.
O sofá de um único lugar era o nosso “cantinho do céu”, onde brigávamos para ter o melhor lugar para ouvir os melhores causos.
E a lata de biscoitos? Baú do tesouro, longe do nosso alcance, no alto de um armário de pedra que mais parecia a torre de um castelo. Tesouro ganhado quando merecido ou pedido com carinho.
Pedaços de felicidade que ficaram para trás e deixaram saudade… A simplicidade da infância.
Riso despreocupado | Foto: Arquivo Pessoal